Olá pessoal desculpe-me o atraso, vou contar como foi esses primeiros 30 dias.
Para começo de conversa o dia da cirurgia foi um dia cansativo, a cirurgia ocorreu no dia 27/03/2015, porem na noite do dia 26 eu internei, meus pais me acompanharam até o hospital aonde aguardaram a minha internação, ao me internar o meu acompanhante foi o meu marido, nós estávamos ansiosos fomos dormir quase 3:00 da manha, pois a cada meia hora alguém entrava para fazer diversos exames(sangue, pressão, peso, avaliação do anestesista e etc) e perdi um grande tempo tirando todo o esmalte da minha unha com removedor e por ultimo tomei banho com sabonete anticéptico.
Acordamos as 5:00 da manha com a enfermeira mandando tomar banho com sabonete anticéptico, estava frio e eu estava com muito sono coloquei o avental,aplicaram em mim a injeção antitrombo no abdome (esta roxo até hoje) e em seguida me chamaram para ir ao centro cirúrgico, estava com medo e apavorada. Então me despedi do meu marido aonde me deu uma vontade de chorar muito forte pois meu emocional estava muito abalado.
Fiquei no centro cirúrgico com outras pessoas que também passariam por algum tipo de cirurgia, foi colocado um acesso á veia na minha mão e um nas dobras do braço e ás 7:18 me levaram a sala de cirurgia.
A sala de cirurgia é algo futurístico, diferente, toda branca, com telas acopladas ao teto.
Lá conheci toda a equipe cirúrgica, todos estavam conversando e bem descontraídos, estava coberta mas mesmo assim me tremia de frio, o cardiologista e anestesistas sempre conversavam comigo e enfim o Dr. Valter chegou, me cumprimentou ele é sempre muito simpático, o cardiologista ligou um aparelho que mede a pressão a cada 10 segundos e também aparelhos de batimentos cardíacos, os anestesistas começam a preparar a anestesia de primeira eles erraram uma composição e retornaram a fazer do inicio.
Eles me explicaram que iriam colocar uma mascara de oxigênio e com ela eu teria de respirar fundo (estava já cansada, acho que não precisava nem de anestesia pois estava já quase dormindo), a equipe cirúrgica ainda continuava descontraída, fofocas e risos constantes. O anestesista me informou que usaria o meu acesso para inserir a anestesia e quando eu começasse a ver a minha vista embaçando era para avisar, em questão de segundos a minha vista embaçou e não lembro de mais nada.
Me lembro de sentir alguém pegar em meu braço e me chamar pelo nome, era o anestesista a sala estava vazia apenas ele me aguardava a voltar da anestesia, minha respiração estava falha ainda era controlada por aparelhos e sentia uma dor horrível no abdome e essa dor me impedia de respirar, a enfermeira entra na sala e pergunta se eu ainda estou dormindo e o anestesista fala que acordei.
Nesse meio tempo o cirurgião liga ao quarto aonde meu marido me espera e o avisa que a cirurgia correu tudo bem.
Voltando ao centro cirúrgico a primeira pergunta que eu fiz ao anestesista foi "- consegui fazer por videolaparoscopia?" e para minha felicidade ele respondeu que sim .
A enfermeira me levou para a sala de pós cirúrgico aonde eu ainda estava sentindo muita dor, o anestesista mandou me medicarem com 4 ml de morfina , mas não passou, tive diversas paradas respiratórias, até que meio dia eu fui para o quarto após ficar 40 minutos na sala de pós cirúrgico, me sentia muito mal com muita dor, mas tudo que eu queria mais ver era o meu marido.
Fui para o quarto, aonde já tinha uma equipe me esperando, meu marido ficou apavorado ele me disse que passou mal, pois estava tão pálida e roxa que parecia estar morta.
Logo veio uma enfermeira que mandou eu sentar na poltrona para eliminar o gás que foi inserido no abdome, estava com muito sono e com dor, então me deram outro remédio que aliviou 1/3 da dor.
Passei o primeiro dia todo apenas no soro, e sendo medicada a cada 2 horas e duas vezes ao dia passava com a fisioterapeuta aonde fazia eu caminhar nos corredores, mas mesmo assim continuava com dores.
Segundo dia, tomei os primeiros líquidos aonde pouca coisa eu conseguia tomar, continuei com o soro e medicamento e mesmo assim a dor permanecia, para ir ao toalete precisava de ajuda .
Terceiro dia logo pela manhã recebi alta, meus pais vieram nos buscar, o balanço do carro incomodava mas graças a Deus, fui para casa ainda com pouco de dor, pálida, e inchada, mas viva e pronta para recomeçar.